A Minha Segunda Experiência Profissional - Clothes Up

sexta-feira, 20 de abril de 2018

A Minha Segunda Experiência Profissional

Já vos falei aqui da minha primeira experiência profissional na área, agora chega a vez da segunda!

Na altura que vos falei da minha primeira experiência no mercado de trabalho, contei-vos que, poucos dias depois de sair daquela empresa consegui logo trabalho noutra.
Na realidade, mal soube que ia sair de lá, comecei logo a mandar CV's. Acho que só enviei durante um dia ou dois e recebi logo uma chamada.

Fui à entrevista num edifício de escritórios bem perto de minha casa. Mal lá entrei vi uma figura pública (que não vou dizer quem é, mas é um dos patrões) e mais duas pessoas. Uma dessas pessoas foi quem me entrevistou (que também é dono) e a outra era uma rapariga que estava a fazer a mesma função que eu iria fazer e que estava para se ir embora...

Experiência

Na entrevista explicaram-me o tipo de trabalho que a empresa faz e, por alto quais seriam as minhas funções. Saí, sem saber o resultado e, poucos minutos depois, ligaram-me a dizer que tinha ficado e que começava no dia seguinte.

Nessa altura falaram-me das possibilidades de empregabilidade. Podiam fazer-me contrato a receber X, recibos verdes a receber X+IVA (que compensava porque tinha um ano de isenção de IVA e não tinha de fazer descontos) ou esperar por estágio do IEFP e ir recebendo o tal X em troca de facturas de compras.

Numa situação normal, qualquer pessoa ficaria logo de pé atrás com a situação das facturas, mas eu decidi arriscar e esperar pelo estágio. O valor pago pelo IEFP era quase 250€ acima do que eles me ofereceram e, mesmo tendo descontos em cima desse valor, receberia sempre mais do que se optasse por contrato ou por recibos.

Na altura que entrei, tive alguns dias de formação com a rapariga que iria embora. Ela explicou-me tudo o que se fazia e eu aprendi imenso!

A primeira coisa que achei estranha e que finquei o pé foi quando me disseram que teria de trabalhar aos fins-de-semana. Está bem que não assinei contrato, mas logo de início me disseram que era só de segunda a sexta. Não fazia sentido!!
E acreditam que logo na primeira semana me disseram para ir no sábado e no domingo (não para trabalhar) só para ver como era? Passei dois dias fechada num estúdio a servir de assistente e a lavar a loiça... Algo que não tem nada a ver com a minha área... que é marketing!

A minha colega disse-me que, com ela, fizeram o mesmo. Disseram que só trabalhava aos dias úteis e, mesmo assim, todos os meses, a chamavam ao fim-de-semana, sem pagarem mais por isso! Eu disse-lhes que não o faria e não me voltaram a pedir!

Os meses foram passando e eu fui exercendo as minhas funções normalmente... Vi entrar e sair várias pessoas para outro posto... nenhuma ficava. Ou as próprias pessoas não aguentavam o trabalho e o "entrevistador", ou os donos não gostavam do trabalho deles.

Eu fui-me mantendo. Ouvia e calava para não criar confusões... Eles pareciam gostar e confiar em mim. Fiquei com a chave do escritório, passava quase todos os dias sozinha lá e, sempre que vinham de férias, traziam-me um miminho. Eu estava mais que satisfeita!

Em Setembro, a tal figura pública viu que ia haver um curso e, em conjunto, decidiram que eu iria fazê-lo, oferecido por eles. Recusei, porque achei que não seria necessário, mas insistiram e fui fazê-lo.

Tudo muito bem até ao dia que me disseram que ficaria responsável por mais coisas. Aceitei sem hesitar, mesmo que isso envolvesse funções ao fim de semana, a partir de casa...
Só que houve um mal-entendido. Um dos meus patrões disse que trataria ele dessas funções, pois esses eram os meus dias de folga e o outro não sabia de nada!
Óbvio que não trabalhei nesse sábado. A pessoa que se comprometeu a fazê-lo não o fez e o outro culpou-me de tudo o que correu mal... De tal maneira que até insinuou que não me deviam ter oferecido o curso porque eu só estava a fazer porcaria a a estragar o trabalho da empresa!

Expliquei o meu lado e a coisa resolveu-se (porque um dos patrões estava do meu lado e sabia bem o que tinha dito).

Depois disso, houve mais confusões, mas tentei sempre ouvir e não me exaltar.

No fim de Outubro veio uma carta do IEFP a dizer que reunia todas as condições para estágio... Já estava cansada das várias confusões que iam havendo, mas, sendo aceite, fazia-o até ao fim... No início de Novembro veio uma outra carta: apesar de reunir condições, o "plafond" do IEFP tinha-se esgotado antes da minha candidatura e o meu estágio não iria acontecer!

Por um lado fiquei feliz, mas ainda fiquei à espera para ver se me queriam manter e fazer contrato. Insistiram muito nos recibos verdes e diziam que me davam mais 100€/mês se fizesse dessa forma. Eu não queria fazer recibos verdes... Nada contra quem faz, mas eu não queria!

Ponderei muito a minha situação. Falei com a minha mãe e com o meu namorado e decidi demitir-me e arriscar oportunidades que tinha em mãos.
Tendo em conta que não tinha contrato, numa situação normal, nunca mais lá teria de pôr os pés, mas "obrigaram-me" a ficar até arranjarem quem me substituísse porque tinha de ser eu a ensinar-lhe tudo o que se fazia pois o patrão (figura pública) estava com outros projectos e o outro não sabia fazer nada daquilo!

O meu substituto entrou a meio de Novembro e, por mais que eu quisesse sair mal ele aprendeu o que eu tinha aprendido, não me deixaram! Tive de ficar até ao fim do mês, tipo em castigo...
Nessa altura, já não confiavam em mim e o "entrevistador" ia todos os dias ao escritório controlar o meu trabalho. E o mais giro? Ele chegou a dizer-me "Agora não fazes nada, ficas só a vê-lo trabalhar". E eu, feita parva, estive assim até ao fim do mês!

Graças a Deus, saí de lá... Já passei pelo que tinha que passar e tentei correr atrás de uma oportunidade que tive.
Agora, vou voltar a procurar trabalho e só espero conseguir algo decente!


8 comentários:

  1. Realmente esta tua experiência parecia promissora mas acabou por se revelar uma "pedra no sapato".
    Acho absurdo abusarem de nós, empregados, como se deles dependessemos. Ninguém é dono de ninguém e acho que falta um bocadinho de humildade a muitos empregadores por aí.

    My Own Anatomy 💫

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    1. Nos primeiros meses adorei aquilo. Mas quando descambou, descambou a sério!

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  2. Olá :D
    Descobri o teu blogue por acaso e confesso que fiquei fã, indentifico-me imenso com o que escreves ! Tens uma nova seguidora! :D

    O meu cantinho: http://xleclairdelune.blogspot.pt

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    1. Muito obrigada!
      Como de momento não tenho ordem médica para usar o computador, aconselho-te a seguir a página para ires estando a par das novidades!

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  3. Tipo de patrões assim ninguém merece. Também passei por uma situação semelhante e acabei por me vir embora. Foi a melhor coisa qe fiz. 24h depois, já tinha outro emprego.
    Um beijinho grande*
    Vinte e Muitos

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  4. Os patrões, às vezes acham que não precisam de nós e que nós é que precisamos deles!

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  5. Adorei a tua partilha, um tema super pertinente que pode ajudar imensa gente!!

    Novo post: http://abpmartinsdreamwithme.blogspot.pt/2018/05/mothers-day-gift-guide.html

    Beijinhos ♥

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